Como os meus Domingos demoram a passar...
- 3 dias depois
- 30 de mar. de 2020
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Atualizado: 10 de abr. de 2020

Pode parecer um tanto estranho, estando eu em casa há tantos dias, como muitos de nós, que o Domingo ainda se sinta como um dia diferente de todos os outros. Mas sim, o meu Domingo é diferente de todos os outros dias da semana.
A rotina é a mesma interminavelmente, nenhum dia se distingue por ser diferente. A segunda é igual à terça, que é igual à quarta e a todos os outros dias! Não há um dia especial para arrumar a casa, para lavar e estender a roupa, para passar a ferro, para nada... Mesmo com tele-trabalho para fazer de casa, os dias são todos iguais! Lá fora o ruído do trânsito diminuiu, os pássaros cantam de forma mais audível, o silêncio à noite é mais pesado. Todos os dias, todas as noites. Sempre iguais. Sempre longos.
O Domingo é, no entanto, o dia mais difícil de passar. Esta semana, mesmo com uma hora a menos, foi interminavelmente longo! Não poder sair de casa ao Domingo, não poder fazer visitas de família, não poder ir ver o mar torna-se mais real e mais desgastante! Percebemos de forma mais dura o confinamento, a necessidade de estarmos isolados. Os sinos das igrejas emudeceram, não chamam para as missas e para os encontros das gentes das aldeias e das cidades. A televisão deixou de circular e mostrar em direto as festas e arraiais pelas terras do país - que, mesmos se antes achávamos "pirosas", agora nos fazem falta! Não lavamos o carro, pouco sai, nem vale a pena... As notícias repetem-se: números, mais números, mais números...
Os Domingos são difíceis, são longos... Para mim, para muitos, não para todos. Para os que têm de trabalhar fora de casa todos os dias, os Domingos (ou os dias de folga) são certamente demasiado curtos e não chegam para carregar energias para voltar à batalha!
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