Coɩຕᑲɾᥲ ᥱ o⳽ ⳽ᥱᥙ⳽ ᥱᥒᥴᥲᥒto⳽
- 3 dias depois
- 7 de jul. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 10 de jul. de 2020

Há muitos anos que não ia a Coimbra e, no Verão passado, quando surgiu a oportunidade de lá passar um dia, não hesitei. Fiquei encantada com a cidade e com o facto de ter tanta história ao virar de cada esquina. O maior desafio, no entanto, foram as ruas íngremes e o pouco tempo para visitar tanta coisa, mas também para isso houve solução!
Já não chegámos a Coimbra muito cedo devido a compromissos familiares e optámos por ir diretamente ao Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, na margem oposta do Mondego e com uma vista incrível para a cidade. O ingresso de entrada no mosteiro vale muito a pena pois os claustros são lindíssimos e é também uma emoção ver o local onde está o corpo intacto da Rainha Santa Isabel.
Atravessámos então o "basófias" (acho giríssimo este nome que os locais dão ao Mondego) e almoçámos na zona alta da cidade para, depois, começarmos a aventura à descoberta dos principais pontos de interesse. Depressa o calor e as subidas acentuadas, aliados ao facto de termos apenas essa tarde para visitar tanta coisa, nos começaram a desanimar. Mas, por vezes há coincidências engraçadas! Perto de nós parou um Tuk-Tuk e decidimos perguntar qual o caminho mais próximo para a Biblioteca Joanina (que eu queria muito visitar). Não só o simpático motorista nos indicou o caminho como se ofereceu para nos dar boleia até lá, pois era para onde se dirigia.
Ao chegarmos à Universidade, a fila para a Bilheteira era bastante grande (aconselho-vos a tirarem os bilhetes online) e percebemos, já com o bilhete na mão, que teríamos que esperar cerca de três horas até podermos entrar na Biblioteca. Decidimos ligar ao Sr. Armando (o simpático motorista do "Tuk a Day" que há pouco nos tinha dado boleia) e optámos por combinar com ele a visita à cidade para rentabilizar o tempo.
Enquanto aguardávamos a sua disponibilidade, visitámos a zona principal da Universidade com destaque para a Porta Férrea, a sala dos Capelos e a Prisão Académica.
Depois, bem, depois instalamo-nos confortavelmente no Tuk-Tuk e passeámos pela cidade com a enorme vantagem de ter connosco o Sr. Armando que, com a sua simpatia, não só nos contou todos os factos históricos da cidade, como nos levou aos principais monumentos e nos fez rir com as curiosidades e episódios caricatos associados a alguns locais.
Na nossa visita passámos, entre outros, pela Sé Velha, pela Igreja de Santa Cruz (onde estão os restos mortais dos primeiros reis de Portugal), pelo Arco de Almedina, pelo Aqueduto de São Sebastião, pelo Jardim Botânico, pelo Jardim da Sereia e pelo Convento de Santa Clara-a-Nova. Nunca tinha feito optado por conhecer uma cidade de Tuk-Tuk mas foi uma excelente opção pois permitiu-nos ver imensas coisas num curto espaço de tempo.
No final da visita à cidade voltamos à Universidade para ver a Biblioteca Joanina. Percebemos por que razão está no top das bibliotecas mais bonitas do mundo! A sua imponência, antiguidade e valor do espólio e do mobiliário tornam-na única! Os morcegos que lá vivem para proteger os livros, comendo as traças durante a noite, tornam-na ainda mais mítica e especial.
Tínhamos previsto ir jantar ao Zé Manel dos Ossos, um restaurante super típico da cidade mas, infelizmente, estava fechado para férias. Acabámos por nos sentar na esplanada do Il Tartufo e não nos arrependemos! A comida estava magnífica e o atendimento foi ótimo! Tanto a pizza como a massa eram excelentes e, num fim de dia quente, o local tornou-se muito aprazível.
Terminámos a noite no Café Santa Cruz, mesmo ao lado da igreja com o mesmo nome, e que tem a particularidade de ter as suas casas de banho onde antes eram os confessionários do edifício vizinho! Provámos um "Crúzio", uma especialidade da casa, e ficamos absolutamente rendidos! Se passarem lá perto, experimentem!
Para dormir, recomendo vivamente o local onde ficámos, perto do Jardim da Sereia. Chama-se AQ 188 Guest House e é lindíssimo, estando instalado num edifício antigo recuperado com imenso gosto e funcionalidade. Tínhamos reservado online e foi-nos dado o código da casa e do quarto para entrarmos, o que se torna muito prático. O quarto e a casa de banho primam pela excelente limpeza e decoração, bem como pelo sossego. Não sendo localizada em pleno centro (ainda que seja perto) o estacionamento na zona é fácil (se bem que pago).
O que nos faltou nesta mini visita? Mais tempo para explorar a cidade, para passear à beira rio, para ir à Quinta das Lágrimas e jantar no Zé dos Ossos! Aconselho uma estadia mínima de dois dias e, se tiverem crianças, não se esqueçam do Portugal dos Pequenitos!
Deixo-vos os links dos locais de que vos falei para o caso de terem curiosidade em saber mais sobre os mesmos!
Comments